
Exemplo disso foi o artigo recentemente publicado no Jornal de Notícias, com o título “Porque não se cala, porque não se vai?”, no qual Menezes considerou que o discurso de Manuela Ferreira Leite tem sido “triste, sombrio, sincopado, esterilmente agressivo e incoerente», “de uma pobreza confrangedora”.

As críticas do antigo líder do PSD revelam uma pessoa inconformada com a saída precoce da presidência do seu Partido e reflectem um sentimento de vingança contra a actual direcção, constituída maioritariamente por elementos que não se reviam na sua liderança.
Apesar de referir várias vezes à comunicação social que não falaria publicamente do PSD antes de Outubro de 2009, Menezes rompeu o seu compromisso e passou a lançar ataques letais à direcção de Manuela Ferreira Leite, num momento político delicado e crucial para as pretensões eleitorais do maior partido da oposição.

O presidente da Câmara Municipal de Gaia regressa à política activa da pior maneira possível, ao potenciar publicamente sinais de divisões internas, que poderão ter um efeito demolidor no PSD. Com esta atitude nada ponderada, Menezes está a prestar um mau serviço ao seu próprio Partido.
Os estatutos desta organização política dizem que é um direito dos militantes “discutir livremente, no interior do Partido, os problemas nacionais e as orientações que, perante eles, devem assumir os seus órgãos e militantes”. Referem ainda as normas estatutárias que é um dever dos militantes “reforçar a coesão, o dinamismo e o espírito de criatividade do Partido”. Menezes te

Luís Filipe Menezes, que abandonou a liderança do PSD por sua própria iniciativa, defraudando os seus apoiantes, tornou-se conscientemente num forte aliado do Partido Socialista e de José Sócrates e, desde há bastante tempo, num factor de divisão e instabilidade no PSD, o que é mau para um país à procura de alternativas políticas, que garantam melhor qualidade de vida aos portugueses.