
"Os construtores civis são quem hoje verdadeiramente manda nas câmaras municipais. Na maioria dos concelhos, não há um único negócio com relevância económica que não passe pelas construtoras e suas associadas.
Nada lhes escapa, a começar pelas obras públicas, sempre caras e por vezes de má qualidade. Os custos com trabalhos extraordinários raramente têm controlo, como o atestam as derrapagens nas contas dos estádios do "Euro" ou na expansão do metro de Lisboa.
Nada lhes escapa, a começar pelas obras públicas, sempre caras e por vezes de má qualidade. Os custos com trabalhos extraordinários raramente têm controlo, como o atestam as derrapagens nas contas dos estádios do "Euro" ou na expansão do metro de Lisboa.
Mas a gula dos empreiteiros não esmorece, a saga continua. A última moda tem sido as parcerias público-privadas para a distribuição de água e saneamento. A maioria destes acordos é um verdadeiro suicídio para os municípios, pois assegura receitas mínimas para o negócio, aumenta escandalosamente os preços e garante lucros para os privados, sendo os prejuízos caucionados pelos orçamentos camarários."
Paulo Morais, 05-08-2009, Jornal de Notícias