A campanha eleitoral entrou na recta final. Dificilmente o CDS/PP perderá as eleições para o PSD, seu principal adversário político. O passado histórico revela que os centristas nas eleições autárquicas conseguem resultados verdadeiramente esmagadores, contrariando e hegemonia do PSD em eleições legislativas.
O PSD apostou no jovem militante Filipe Viana e constituiu as suas listas tendo por base a ruptura com o passado, deixando de fora algumas figuras bem conhecidas da cena política local. Foi sem dúvida uma aposta de risco, talvez necessária e que poderá causar um efeito positivo no eleitorado.
O PS escolheu também um jovem, cujas ligações à CDU causaram algum mal-estar na família socialista. António Carlos Matos tem qualidades e durante o exercício de funções na Assembleia Municipal demonstrou ser uma pessoa metódica e um acérrimo defensor das suas ideias. No entanto, a máquina rosa não tem conseguido na campanha eleitoral dar-lhe visibilidade, o que poderá reflectir-se negativamente nos resultados eleitorais.
Acácio Pimenta é o rosto da CDU. O trabalho positivo que tem feito no seu partido e a boa prestação na Assembleia Municipal revelam um político apaixonado pela sua terra e um incondicional defensor dos valores ambientais concelhios.
O CDS/PP apostou na continuidade. Apesar de Daniel Campelo sair, Victor Mendes, se vencer, vai manter a mesma política, muito direccionada para a promoção turística do concelho. É um candidato forte, conhecedor da realidade concelhia e que realizou o seu trabalho na Câmara Municipal sem polémicas. A lista que lidera é o ponto fraco da sua candidatura.