No verde da casa, tanto molha os beiços um comunista como o presidente da câmara, Daniel Campelo, CDS de sempre, visita habitual, e que está de saída da autarquia. O barbudo Luís, esse, não pede licença para o seu pensar, cedo ou tarde na noite: "Os espanhóis vêm aqui brincar com os euros e há gente nesta terra que nem dinheiro tem para uma sopa. Sabe o que lhe digo? Eles são os americanos da Europa e nós os mexicanos. E não nos livramos deste fado", atesta, como quem ensaia o diagnóstico de um país. Entre a cegueira e a lucidez.
Revista Visão