A atribuição de pelouros ao vereador e vice-presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, Gaspar Martins, tem levantado alguma celeuma, como comprovam diversas opiniões críticas emitidas nos blogs limianos.
Não me parecem oportunas e correctas algumas dessas críticas. A lista vencedora das eleições autárquicas, nomeadamente o seu cabeça de lista, tem toda a legitimidade democrática para gerir a distruibição de pelouros da forma que achar mais conveniente. Os limianos escolheram claramente a equipa do CDS/PP para liderar os destinos de Ponte de Lima. Nessa lista Gaspar Martins ocupava o segundo lugar, que lhe conferiu o estatuto de vice-presidente. Goste-se ou não de Gaspar Martins, a verdade é que está mandatado pela maioria dos limianos para continuar o seu trabalho na autarquia.
Alguns fundamentalistas que pensam ser os donos da honestidade e da razão esquecem que no regime democrático português existem mecanismos idôneos de fiscalização e justiça. A nível da gestão autárquica existe a Assembleia Municipal. É um órgão constituído por representantes de todos os partidos que concorreram às eleições autárquicas. Compete a este órgão fiscalizar rigorosamente o exercício das funções dos vereadores e do presidente da Câmara Municipal e denunciar publicamente e nos locais próprios as situações irregulares e pouco transparentes sempre que necessário.