quinta-feira, 10 de março de 2011

Paga Zé

SCUT - Sem Custos Para o Utilizador

Na reunião da Assembleia Municipal de Ponte de Lima realizada no dia 25 de Fevereiro, a bancada do PSD apresentou uma moção contra a introdução de portagens na A27. A moção não mereceu o apoio dos membros do CDS, em maioria nesse órgão, tendo sido chumbada por 23 votos contra, 21 abstenções e 14 votos a favor. A votação levantou muitas dúvidas, devido a terem votado apenas 58 membros, quando a Assembleia Municipal é constituída por 103 elementos. No mesmo dia, a Assembleia Municipal de caminha aprovou por unanimidade moção idêntica no âmbito das portagens na A28. 

A respeito das portagens o Limicorum transcreve extractos de dois artigos publicados na imprensa local e regional que merecem ser destacados:

 Nuno Matos, Jornal "O Povo do Lima", de 1 de Março de 2011

Não há tempo para hesitações ou lutas partidárias

"....O que está aqui em causa é o estrangulamento do concelho de Ponte de Lima e de toda a zona do vale do Lima. São as empresas que já lutam para sobreviver numa zona com índices económicos e de desenvolvimento dos mais baixos da Europa, são as pessoas que vêem o seu rendimento diminuir cada vez mais ou que deixam de o ter porque as empresas não conseguem sobreviver. É a sobrevivência da região que está em causa pelo que o Presidente da Câmara de Ponte de Lima tem é que liderar a oposição à introdução de portagens. Tem essa obrigação para com as suas populações, devendo começar por obrigar o partido que lidera a deixar de ter uma visão da política exclusivamente partidária, até porque, como diz o seu líder distrital, Daniel Campelo, a região precisa “de todos aqueles que sejam capazes de fazer valer o seu peso e de exigir aquilo a que tem direito no contexto nacional”.


Paulo Gomes, Jornal "Diário do Minho", de 9 de Março de 2011

Uma cidade sitiada por portagens

"....Escusa também vir o primeiro-ministro fazer aquele ar de coitadinho de quem até não queria as portagens, mas foi obrigado. Outra balela...
No caso em apreço, Viana do Castelo e o seu desenvolvimento ficam mesmo comprometidos.
....Agora, as duas zonas industriais do concelho ficam entaladas entre portagens. A zona industrial de Lanheses e todo o esforço de investimento e captação de empresas está comprometido.
...Com esta decisão e a política que lhe está subjacente, o Governo dá a machadada final nas perspectivas de futuro do Alto Minho. Os nossos políticos, alegres e contentes, continuam a correr para Lisboa em busca de migalhas quando, por direito, deveriam exigir pão."