segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Factos sem Explicação


As notícias do jornal Público sobre o passado de José Sócrates, nomeadamente as acusações de ter assinado projectos realizados por um seu amigo cuja função profissional o impedia legalmente de realizar esses mesmos projectos e de enquanto deputado ter recebido indevidamente um subsídio, acentuam a descredibilização do Primeiro-Ministro. Esta descredibilização arrasta consigo também toda a classe política em geral. Os portugueses revêem-se cada vez menos nos políticos, na sua falta de verdade e de frontalidade, quando confrontados com actos por si cometidos no presente ou no passado.
Não deixa de ser estranho e grave a forma como José Sócrates reage às acusações. A mínima dúvida que se levanta acerca do seu carácter e do seu percurso é logo classificada como “perseguição” e “ataque pessoal”, não respondendo de forma concreta às questões, deixando a suspeição no ar. Os desmentidos de Sócrates deixam muito por responder e entram em contradição, como já acontecera no caso da sua “licenciatura”.